Os dias de chuva

As gotas de chuva caem e minhas lágrimas as acompanham. Chora o céu e eu chovo por dentro. Há sensação pior que a de estar carente, precisando de um carinho?


Fico pensando no Karma. Talvez este seja o grande vilão e compositor da meia cancha de nossas vidas. Por exemplo: quando o Karma ataca e chega ao ataque, deixa vulnerável o meio-campo, possibilitando um contra-ataque - que sempre existe por sinal.

Quer dizer que, quando faço uma coisa boa, uma outra coisa de mesma proporção voltará para mim. E assim também acontece quando se faz besteiras e coisas ruins.

Assim tem sido por toda a eternidade de minha vida. A minha benevolência de antes voltou em pequenas formas. Já o que fiz de ruim voltou em dobro e sempre causou mais danos a mim.

O Karma não passa de um príncipe. O mesmo que Maquiavel descreveu. Ele faz o bem aos poucos e o mal de uma vez só. Mas o problema é que isso é bom só para o príncipe que continua com seus poderes e brinca com seu povo.

Não idolatro mais o príncipe Karma. Tomo a coragem (coragem?) de fazer e sofrer as conseqüências depois. 

E insisto em dizer que a coragem não existe. No lugar dela, existe a impulsão. E é essa mesma que me leva ao encontro do que quero.

É a impulsão que fez eu dar um basta na espera.

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